domingo, 20 de setembro de 2015

Soneto da alegria que tivemos

O que fazer já não há,
Se aquele afeto que havia
E a viver nos impelia
Não há mais, nem haverá.

A vida, que voltas dá!
Desdenhamos da alegria,
Que pouca nos parecia,
E agora onde é que ela está?

Achando que outras viriam
E que melhores seriam,
Nós a deixamos morrer.

Ah, como nos enganamos.
Outra, como a que gozamos,
Nunca mais viemos a ter.

Nenhum comentário:

Postar um comentário