quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Soneto de quem escolheu morrer por amor

Como é ridículo o drama
De quem, podendo escolher
Mil e um modos de morrer,
Escolhe morrer porque ama.

Se ao menos fosse decente,
Procedesse com lisura
E tivesse a compostura
De morrer honestamente!

Mas não. Em vez de com tiros
Quer matar-se com suspiros
E não para de chorar.

Diz que morrer hoje vai
Ou amanhã. Porém, ai!,
Não há meio de acertar.

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