sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Soneto do pragmatismo do amor

O amor nestes tempos é
Dotado de senso prático
E em ser preciso e pragmático
Consiste toda sua fé.

Inflexível, ele não
É mais, como antigamente,
Generoso, complacente,
Não tem dó nem compaixão.

Como ele mudou. Agora
Tudo rápido encaminha,
Nada mais ultrapassa a hora.

Não enrola, não empata.
Hoje ele abraça e acarinha,
Amanhã sufoca e mata.

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