sábado, 10 de outubro de 2015

Soneto do melhor estado do amor

Jamais as noites sofridas,
A aflição das madrugadas,
As lágrimas desatadas,
A dor de agudas feridas.

Jamais as preces goradas,
As esperanças perdidas,
As exortações suicidas,
As falhas, as gargalhadas.

O amor, que eterno se achou,
Morto ontem se declarou.
Que alívio, Deus, que conforto!

Um dia só, e eu já sei
O que nunca imaginei:
O melhor amor é o morto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário