terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Soneto da subalternidade (para Jorge Cláudio Ribeiro e Silvia Galant François)

Estamos sempre por perto.
Nós somos aquele que
Nunca (todo mundo vê)
Caminha com o passo certo.

Quem quer nossa companhia?
Ninguém deseja nos ver.
Nada sabemos fazer,
Qual é nossa serventia?

Nós sempre por perto estamos,
Mas sem atuar, sem agir.
Nós somente acompanhamos

E só sabemos errar:
Chorar se nos mandam rir,
Rir se nos mandam chorar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário