domingo, 6 de dezembro de 2015

Soneto do que não deve nos inspirar

Nada que não seja dor,
Nada que não sofrimento,
Que não aflição, tormento,
Que não derrota e rancor.

Nada que não nos maltrate,
Nada que não nos trespasse,
Não nos mutile, espedace,
Não nos aleije nem mate.

Nada que em nós poderia
Ser visto como ilusão
Ou então como a alegria

Estúpida de viver,
Jamais qualquer atenção
De nós há de merecer.

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