sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Soneto da cafeteria

Bastou-me ver-te uma vez
Onde agora nunca estás,
Só uma vez, tempos atrás,
E o amor me fez o que fez.

Foi bastante aquele dia,
Um só, nada mais do que isso,
E eu caí em teu feitiço,
No café da livraria.

Ah, quantas vezes voltei,
E a única coisa que sei
É que não mais vieste aqui.

Eu venho ainda e, com tristeza,
Imagino ver-te à mesa,
Como aquela vez te vi.

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