sexta-feira, 25 de março de 2016

Um poema de Marina Tsvetáieva

"O sol é um só. Por toda parte caminha,
Não o darei a ninguém. Ele é coisa minha.

Nem por um raio. Nem por um olhar. Nem por um instante. A ninguém. Nunca.

Que morram as cidades numa noite constante!

Nos braços vou apertar, que não possa girar!
Faço as mãos, os lábios, o coração queimar!

Se desaparecer na noite infinita, no encalço hei de correr...
Meu sol! A ninguém o darei!"

(De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, edição da Martins Fontes.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário