terça-feira, 5 de abril de 2016

Um poema de Marina Tsvetáieva

"Gosto de beijar
As mãos, e gosto
De semear os nomes,
E ainda - escancarar
As portas!

Apertando a testa,
Escutar como o passo grave
Se torna leve,
Como o vento embala  
A floresta insone
Que quer dormir.

Ah, noite!
Algures correm riachos.
Estou com sono.
Durmo, eu acho.
Algures, na noite,
Alguém se afoga."

De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, edição da Martins Fontes.)   

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