sábado, 2 de julho de 2016

Soneto da crueldade do amor

O amor é como um sultão,
Jamais lhe falta mulher,
Tem sempre muitas à mão,
Dispõe de quantas quiser.

No seu harém ele tem
Ao menos sempre quarenta
E fora tem outras cem
Porque nenhuma o contenta.

Se alguém, em dado momento,
De falta de sentimento
O acusa, ele não responde.

Nunca escondeu, não esconde,
Não dissimula ou despista.
O amor é um porco machista.

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