domingo, 21 de agosto de 2016

Soneto de quem pecou contra a poesia

Pagarei por meus pecados
E minhas infraçõezinhas:
Os sonetos descarados
E as presunçosas quadrinhas.

E, por ser esse o correto,
Igualmente pagarei
O preço justo e completo
Pelos cisnes que matei.

Que outra atitude há de ter
Quem não conseguiu fazer
Da incomparável poesia

(Das artes a mais formosa)
Nem uma dama virtuosa
Nem uma puta vadia?

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