quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Prova (para Liberato Vieira da Cunha)

Ele se declarou inocente, mas, ao puxar o lenço para enxugar o suor, escaparam do seu bolso catorze pássaros que, embora de porcelana, se puseram a esvoaçar pela sala do tribunal tão inequivocamente que ele nem tentou continuar negando: era um sonetista.

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