domingo, 11 de setembro de 2016

Soneto do mútuo desconhecimento

O que tu sabes de mim,
Mulher que eu chamo de amada
E hei de chamar até o fim,
É o que de ti eu sei: nada.

Enquanto entre nós o amor
Assim continuar a ser.
De nada, seja o que for,
Precisaremos saber.

Que em pensar não nos cansemos
Se esta sorte merecemos
De tudo tanto gozar.

Enquanto formos amantes,
Continuemos ignorantes,
Nada queiramos mudar.

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