segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Soneto da canção antiga (versão final)

Como as nuvens, erradias,
E o sopro das brisas mansas,
Vão-se assim as esperanças,
Assim escapam os dias.

O que agora tu dirias,
Depois de tantas andanças,
Se perguntassem das danças,
Dos risos, das alegrias?

Agora onde estão o ruído,
O brilho, a vida, o alarido?
Tudo se foi, só tu não.

Tu, meu tolo incorrigível,
Esperas ainda o impossível:
Reouvir a antiga canção.

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