terça-feira, 8 de novembro de 2016

Gorado, como todos

Desde a adolescência lida com a ideia de suicídio. Agora, já pleno merecedor, pela idade, da morte natural, pensa que todas as antigas cogitações sobre cordas, calibres e beberagens serão não mais que componentes de mais um de seus projetos frustrados. Amante do futebol, ele imagina que, se o ato extremo vier a acontecer, será aos 48 do segundo tempo. Que não seja um pênalti. Ele não terá coragem de bater.

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