segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Um poema de Emily Brontë

"Oh, a queda das folhas,
A morte lenta das flores,
A sombra sem fim das noites
E o dia esfacelado!

E no entanto cada folha
Fala-me da felicidade,
E voa alegremente
Da velha árvore de outono.

E me verão sorrir
Às coroas de neve,
Às brancas florações
Que devastam as rosas.

E me ouvirão cantar,
Quando a noite desfalecente
Anunciar tristemente
O dia escuro e deserto."

(De O vento da noite, tradução de Lúcio Cardoso, Civilização Brasileira.)

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