quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Mais Amiel

"Para que sou bom agora? A única coisa que me interessa são as afeições, são as mulheres. Não trabalho mais, não estudo mais, não ambiciono senão uma mulher de acordo com meu coração, e todas as moças que passam parecem-me um convite ou um escárnio da felicidade. Amo um pouco todas as mulheres, como se todas tivessem como prenda uma parcela do meu ideal, ou o meu próprio ideal."

"A excessiva timidez foi o flagelo, a maldição de minha existência. Ela não me tornou falso, mas tornou-me eunuco. Sempre tive medo de deixar ver o que desejava e até de confessá-lo a mim mesmo; tive pavor de procurar a minha utilidade; horror de empregar a astúcia ou os rodeios para atingir o meu fim."

(De Diário íntimo, tradução de Mário Ferreira dos Santos, publicação da É Realizações.)

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