domingo, 19 de fevereiro de 2017

Em sociedade (para Silvana Guimarães)

Quando, respondendo à pergunta feita aos convidados, ele disse que, se pudesse escolher, morreria pela arte, houve um silêncio de dois ou três segundos. Depois, das cinquenta ou sessenta gargantas explodiu uma dessas gargalhadas que libertam catarros ancestrais, enquanto a anfitrioa exibia no sorriso a frase: eu não disse que ele era uma graça?

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