segunda-feira, 29 de maio de 2017

Nós que fomos (para Silvana Guimarães)

Como vamos dizer-nos ainda poetas
se abdicamos das rimas
se renegamos as métricas
se adotamos as prescrições
e as escamoteações
da prosa poética?

Como vamos dizer-nos se deixamos para trás
nossas convicções
nossas aliterações
e nossos crachás?
Quem há de um pavão identificar
se o pavão não se pavonear?

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