domingo, 3 de setembro de 2017

Metamorfose (para Alexandre Brandão)

Os poetas antigos só precisavam dar conta de poucas e pequenas coisas: flores, passarinhos, o simbolismo de um cisne num lago escuro ou de um violino soando à meia-noite numa casa onde jamais houve algum. Depois, decidiu-se que os novos tempos exigiam algo mais dos poetas. E eles se armaram de escudos contra essas tentações fáceis. Hoje são todos prósperos prosadores e usam expressões como carpintaria do texto.

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