segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

"Orfeu", de Yoji Fujyama

"A lira soa: Orfeu canta.
Animais despertam como
se os tangesse a madrugada
e se entreolham, levitados.
As brisas de primavera
ainda dormem nas grutas
mas sorriem as ramagens
e entre elas, flores raras.
Até as fontes se calam
sob o musgo amanhecido.
Porém, homens e mulheres
cultivam seus desesperos
e ócios. Só Orfeu trabalha
a contínua solidão."
(Clube de Poesia.)

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